terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Suflê de Chuchu - De Luís Fernando Veríssimo

Houve uma grande comoção em casa com o primeiro telefonema da Duda, à pagar, de Paris. O primeiro telefonema desde que ela embarcara, mochila nas costas (a Duda, que em casa não levantava nem a sua roupa do chão!), na Varig, contra a vontade do pai e da mãe. Você nunca saiu de casa sozinha, minha filha! Você não sabe uma palavra de francês! Vou e pronto. E fora. E agora, depois de semanas de aflição, de "onde anda essa menina?", de "você não devia ter deixado, Eurico!", vinha o primeiro sinal de vida. Da Duda, de Paris.

-Minha filha...

- Não posso falar muito, mãe. Como é que se faz café?

- O quê?

- Café, café. Como é que se faz?

-Não sei, minha filha. Com água, com... Mas onde é que você está, Duda?

- Estou trabalhando de "au pair" num apartamento. Ih, não posso falar mais. Eles estão chegando. Depois eu ligo. Tchau!

O pai quis saber detalhes. Onde ela estava morando?

- Falou alguma coisa sobre "opér".

- Deve ser "ópera". O francês dela não melhorou...

Dias depois, outra ligação. Apressada como a primeira. A Duda queria saber como se mudava fralda. Por um momento, a mãe teve um pensamento louco. A Duda teve um filho de um francês! Não, que bobagem, não dava tempo. Por que você quer saber, minha filha?

- Rápido, mãe. A criança tá borrada!

Ninguém em casa podia imaginar a Duda trocando fraldas. Ela, que tinha nojo quando o irmão menor espirrava.

- Pobre criança... - comentou o pai.

Finalmente, um telefonema sem pressa da Duda. Os patrões tinham saído, o cagão estava dormindo, ela podia contar o que estava lhe acontecendo. "Au pair" era empregada, faz-tudo. E ela fazia tudo na casa. A princípio tivera alguma dificuldade com os aparelhos. Nunca notara antes, por exemplo, que o aspirador de pó precisava ser ligado numa tomada. Mas agora estava uma opér "formidable". E Duda enfatizara a pronúncia francesa. "Formida-ble". Os patrões a adoravam. E ela tinha prometido que na semana seguinte prepararia uma autêntica feijoada brasileira para eles e alguns amigos.

- Mas, Duda, você sabe fazer feijoada?

- Era sobre isso que eu queria falar com você, mãe. Pra começar, como é que se faz arroz?

A mãe mal pôde esperar o telefonema que a Duda lhe prometera, no dia seguinte ao da feijoada.

- Como foi, minha filha. Conta!

- Formidable! Um sucesso. Para o próximo jantar, vou preparar aquela sua moqueca.

- Pegue o peixe... - começou a mãe, animadíssima.

A moqueca também foi um sucesso. Duda contou que uma das amigas da sua patroa fora atrás dela, na cozinha, e cochichara uma proposta no seu ouvido: o dobro do que ela ganhava ali para ser opér na sua casa. Pelo menos fora isso que ela entendera. Mas Duda não pretendia deixar seus patrões. Eles eram uns amores. Iam ajudá-la a regularizar a sua situação na França. Daquele jeito, disse Duda a sua mãe, ela tão cedo não voltava ao Brasil.
É preciso compreender, portanto, o que se passava no coração da mãe quando a Duda telefonou para saber como era a sua receita de suflê de chuchu. Quase não usavam o chuchu na França, e a Duda dissera a seus patrões que suflê de chuchu era um prato típico brasileiro e sua receita era passada de geração a geração na floresta onde o chuchu, inclusive, era considerado afrodisíaco. Coração de mãe é um pouco como as Caraíbas. Ventos se cruzam, correntes se chocam, é uma área de tumultos naturais. A própria dona daquele coração não saberia descrever os vários impulsos que o percorreram no segundo que precedeu sua decisão de dar à filha a receita errada, a receita de um fracasso. De um lado o desejo de que a filha fizesse bonito e também - por que não admitir? -uma certa curiosidade com a repercussão do seu suflê de chuchu na terra, afinal, dos suflês, do outro o medo de que a filha nunca mais voltasse, que a Duda se consagrasse como a melhor opér da Europa e não voltasse nunca mais. Todo o destino num suflê. A mãe deu a receita errada. Com o coração apertado. Proporções grotescamente deformadas. A receita de uma bomba.

Passaram-se dias, semanas, sem uma notícia da Duda. A mãe imaginando o pior. Casais intoxicados. Jantar em Paris acaba no hospital. Brasileira presa. Prato selvagem enluta famílias, receita infernal atribuída à mãe de trabalhadora clandestina, Interpol mobilizada. Ou imaginando a chegada de Duda em casa, desiludida com sua aventura parisiense, sua carreira de opér encerrada sem glória, mas pronta para tentar outra vez o vestibular.
O que veio foi outro telefonema da Duda, um mês depois. Apressada de novo. No fundo, o som de bongôs e maracas.

- Mãe, pergunta pró pai como é a letra de Cubanacã! -Minha filha...

- Pergunta, é do tempo dele. Rápido que eu preciso pro meu número.

Também houve um certo conflito no coração do pai, quando ouviu a pergunta. Arrá, ela sempre fizera pouco do seu gosto musical e agora precisava dele. Mas o segundo impulso venceu:

- Diz pra essa menina voltar pra casa. JÁ!




segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

"Terapia" Ecologicamente Correta ^^'

Vamos lá, admita: tu já teve o impulso incontrolável, por mais que achasse irritante quando os outros faziam por horas na tua frente e tu só podia ficar olhando..Mas quando ninguém está olhando, tu faz também. Começa devagar e vai aumentando o ritmo e permanecendo assim por horas direto, é só se deparar com "ele" e algum tempo pra matar: "O Plástico Bolha"... Deixe suas mãos ávidas tocarem num pedacinho qualquer dele, e tu simplesmente não consegue evitar ficar estourando, de forma compulsiva aquelas "bolhinhas". Uma por uma, só Deus sabe por quanto tempo, quase que como numa "terapia" até que, a paciência começa a acabar e tu torce o plástico, pisa em cima, mas NÃO PODE restar nenhuma!!!

Soube que , em algumas famílias, a chegada de encomendas, ou qualquer coisa "frágil" em casa é motivo de festa mas de guerra também pelo "bendito" Plástico Bolha, mas, fazer o quê? è um dos pequenos prazeres da vida. Não seria bom poder ganhar dinheiro em cima do prazer das pessoas? (nananinanão...não falo da "profissão mais antiga do mundo" ou qualquer coisa relacionada...hihi)

Pois é, a sábia e poderosa Bandai - a gigante japonesa dos brinquedos que tem sob sua licença as linhas de "Saint Seiya" e "Dragon Ball", só pra começar o papo - deu um jeito nisso com sua nova "pequena maravilha" de vendas: o PuchiPuchi, que nada mais é que "uma espécie de chaveiro trendy simulador infinito de plástico bolha"...(hehehe) A bugiganga foi projetada pra ser fiel ao toque e aos ouvidos do desocupado, como se o "artigo genuíno" fosse, garantindo também que o usuário fique estourando as bolhinhas (não tão) virtuais incessante mente até que seu bom senso diga que já é uma boa hora pra parar. Se não bastasse a "fidelidade" ao original, o PuchiPuchi ainda pode tornar as coisas mais interessantes com "sacudidelas" e "sonzinhos bacanas e diferentes" a cada 100 pseudo-bolhas estouradas.



Enfim, agora quando tu estiveres tri nas pilhas de relaxar, matar tempo ou só incomodar pelo maior tempo possível aos que te cercam, ao invés de "comprar um metro de plástico bolha" ou brigar por um pedacinho de uma embalagem, só se atraque no seu PuchiPuchi e mate sua "sede". Pra mim, a Bandai acertou de novo...Meu, como nunca ninguém tinha pensado nisso antes!
hahahah
Mata mite ne!
Amigos e "amigas"(kkkk), é verdade!!!


Segundo um artigo da revista americana
New York é possível identificar as "preferências sexuais" (na minha terra isso tem outro nome...hahaha) de alguém baseando-se em algumas características físicas facilmente identificáveis em cada individuo. Faz tempo que pesquisadores dizem que existem/procuram(provar) difenças "morfológicas" entre órgãos e membros (ui...hahaha) de homens e mulheres héteros e gays e lésbicas...

O artigo sugere então que Gays têm, em sua maioria arrasadora, o "redemoinho do cabelo" em sentido anti-horário ("counter-clockwise" na figura à sua esquerda) , enquanto que os héteros em sentido horário (clockwise na direita, né...hahaha). Diz também que as nervuras das impressões digitais dos dedões e mindinhos (aki um embate ideológico se abre: minDINHO ou minGUINHO??? Chamemos de "mínimo" os das duas mãos e ninguém sai ferido...hehe) de gays E mulheres seriam mais grossas, enquanto que as nervuras dos homens héteros seriam mais finais. Diz ainda que há mais probabilidade de um homossexual ser canhoto ou ambidestro que um hetero. Cruzes...
E para finalizar (e agora sim entramos na parte que rende algumas risadas entre amigos), o artigo fala que os dedos indicadores da maioria dos homens heteros são menores seus anulares, e para a maioria das mulheres eles (os indicadores) são do mesmo tamanho ou mais longos. Homens gays e as lésbicas tendem a ter relações inversas nos comprimentos. Ou seja, meu distindo amigo e "amiiiga", se a sua mão "parecer" com a de uma mulher, tendo o indicador maior ou do mesmo tamanho do anular, é problema!! (ou solução.hahaha) Para a mulher, se o indicador for menor, parecida com mão de homem, ela é divina, faz nossa alegria e beija outras mulheres!

REALLY sorry about that..hahaha





Agora que o seu gaydar está devidamente "updated" com novas informações super relevantes que mudarão sua vida E de todos a sua volta, dê uma conferida nas evidências físicas dos seus amigos. As descritas aqui, se houver intenções de "um exame mais detalhado", hum...nem precisa conferir, afinal, não vivem dizendo que "um (viado) conhece outro de longe"?
hahahahah
mata mite né!